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Iron Maiden: The Final Frontier

Ao longo de 30 anos de estrada, o Iron Maiden se acostumou com a grandiosidade. Porém, o que antes se resumia às turnês - com toda a pompa dos estádios, palcos, luzes e aviões - de uns tempos para cá começou a refletir também no som do grupo. Como resultado disso, o grupo passou a gravar álbuns com faixas cada vez mais longas e “floreadas”. Essa tendência atinge seu ápice em “The Final Frontier”, que ultrapassa os 76 minutos de duração - muitos deles de introduções - e diversas mudanças de climas e passagens instrumentais.

O repertório começa com a surpreendente “Satellite 15... The Final Frontier”, cheia de efeitos, ruídos e uma bateria percussiva. Mas logo o Iron Maiden dá as caras na segunda metade da música e continua nos trilhos até o último acorde do disco. Desde a saída de Bruce Dickinson, o Iron Maiden se tornou um grupo de músicas sombrias e complexas e, mesmo com a volta do vocalista, essa linha permaneceu.

O single “El Dorado”, já conhecido dos fãs, traz boas linhas de voz e a levada característica de Steve Harris no baixo. Junto com “The Alchemist”, são as canções mais diretas e agitadas do disco. Entre essas duas temos a balada “Coming Home”, que parece ter sido feita para a carreira solo de Bruce Dickinson, e “Mother of Mercy”, com um bom refrão que deve funcionar ao vivo.

A partir daí, cada faixa é uma verdadeira epopéia. “Isle Of Avalon”, a primeira delas, é possivelmente a música mais interessante de todo o álbum. Isso porque ela tem um excelente equilíbrio entre peso e melodia, distorção e som limpo, voz e instrumental, calmaria e velocidade. É uma espécie de “Rime of the Ancient Mariner” moderna.

Já “Starblind”, “The Talisman”, “The Man Who Would Be King” e “The Wild Wind Blows”, que completam o repertório, podem deixar um não fanático pelo Iron Maiden um tanto quanto entediado se forem ouvidas em seqüência. Isso porque todas têm mais ou menos a mesma estrutura - começando quase como um sussurro e “explodindo” do meio pro final. No entanto, todas têm muito potencial para agradar, desde que ouvidas isoladamente.

Boatos dão conta de que “The Final Frontier” é o último álbum de estúdio do Iron Maiden. Se for verdade, Steve Harris e companhia encerram o ciclo de forma digna. Não no auge, é verdade, mas também ainda bem longe da decadência.


01. Satellite 15....The Final Frontier
02. El Dorado
03. Mother Of Mercy
04. Coming Home
05. The Alchemist
06. Isle Of Avalon
07. Starblind
08. The Talisman
09. The Man Who Would Be King
10. When The Wild Wind Blows
fonte: rock online

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