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Bon Jovi: Estádio do Morumbi - São Paulo/SP

Os norte-americanos do Bon Jovi, banda formada por Jon Bon Jovi (voz), Richie Sambora, (guitarra), David Bryan (teclado) e Tico Torres (bateria) se apresentaram na noite dessa quarta-feira, 06, no Estádio do Morumbi, para delírio dos fãs brasileiros que há 15 anos esperam por outro show do grupo.

A turnê “The Circle”, que leva o nome do último disco, incluiu vários países e começou no ano passado, nos Estados Unidos, seguiu pela Europa e termina agora na América do Sul - já passou pelo Chile e Argentina.

O Bon Jovi, que faz sucesso de crítica e de público há mais de 20 anos ininterruptos, já tocou em mais de 60 países, vendeu mais de 130 milhões de discos e é uma das bandas mais lucrativas de rock do mundo, tanto em shows, quanto em merchandising.

A banda tem inclusive uma área vip, onde os fãs que são associados do fã clube oficial (Backstage with Jon Bon Jovi) ficam durante as apresentações dos garotos de Nova Jersey em qualquer país do mundo. O pacote é bem salgado, mas oferece alguns mimos.

O de São Paulo custou U$ 580,00 e os fãs do Backstage ficam posicionados em uma pista na frente da pista Premium. O kit oferece comida e bebida à vontade em uma tenda montada no estádio, além de um passeio pelo Morumbi, pelo camarim da banda, sem acesso aos músicos, e um kit da turnê “The Circle”, com camisetas, bolsas e poster autografado, entre outros.

Sem Frescura
O Bon Jovi chegou a São Paulo no dia 5 e sem ataque de estrelismo ou tratamento diferenciado, desembarcou em Cumbica, passando normalmente nas áreas internas do aeroporto internacional de São Paulo. O grupo se hospedou no Hyatt e também teve um comportamento normal. A banda jantou em um dos restaurantes do hotel na véspera do show e passeou numa boa o dia seguinte, tirando fotos e conversando com os fãs que estavam no hotel, antes de seguir para a coletiva de imprensa realizada no Morumbi, às 18h00.

Coletiva de Imprensa
Na coletiva de imprensa, a banda foi atenciosa com os jornalistas, apesar da ‘vergonha alheia’ que foi presenciar algumas perguntas estúpidas feitas por alguns deles. A tradutora inclusive teve bom senso e não passou todas as informações para a banda, poupando o Bon Jovi de perguntas de mau gosto e até críticas desnecessárias.

Jon Bon Jovi interagiu bem com os jornalistas e quis saber como foi a receptividade dos últimos dois álbuns da banda no Brasil, “Lost Highway” e “The Circle”. Perguntou inclusive para os jornalistas, quais as músicas que eles gostariam de ouvir no show, atitude que ele também toma em relação aos fãs via Twitter e Facebook, redes sociais que fazem sucesso mundo afora. Está aí o resultado de um show que está matando os fãs do Bon Jovi do coração nessa turnê: a banda toca exatamente o que eles querem ouvir.

Os integrantes do Bon Jovi também disseram que eles têm ‘tesão’ em tocar todas as músicas da banda e a que eles mais gostam de executar ao vivo são as que mostram mais receptividade do público. Falaram que tocar durante 3 horas dependeria da química entre a platéia e a banda. Jon e Richie também deram a entender que têm boas recordações das mulheres brasileiras...

Questionado sobre a música tupiniquim, Jon Bon Jovi respondeu que não conhece nenhum artista nacional, o que ressalta, aliás, com tanta banda boa de rock no Brasil, a péssima escolha que foi colocar o Fresno para abrir o show do Bon Jovi. Além de ser uma banda que não tem nada a ver com o som do norte-americanos e tem um público totalmente diferente.

Show bombado no Morumbi
Após a apresentação do grupo Fresno, que além de ter sido vaiado durante todas as músicas, ainda deixou mais da metade da platéia fora do estádio até o término do show do grupo, o Bon Jovi sobe ao palco, quase pontualmente, às 21h15m.

Estádio lotado, fãs delirando, cantando e chorando, afinal de contas são 15 anos de espera e começa a apresentação da turnê em São Paulo.

No telão, infografia de qualidade. Primeiro a banda começa a caminhar em direção aos fãs em uma montagem na tela praticamente 3D e logo na seqüência, a banda sobe ao palco ao som de “Blood on Blood”, um dos ‘hits’ da banda do álbum “New Jersey”.

Figurino básico, integrantes usando calça de couro, bota, camisetas, camisas. Sambora com o seu tradicional chapéu de cowboy, nada muito ‘glitter’ ou que faça lembrar a época áurea do Bon Jovi no seu estilo totalmente ‘poser’ de ser.

Em seguida o grupo executa “We weren’t born to Follow”, “You give Love a Bad Name” e “Born to be my Baby”, músicas que levam o público ao delírio, além de “Lost highway”, “Superman Tonight” e “In These Arms”.

A excelente química entre os integrantes do grupo no palco, e da banda com os fãs, além da qualidade musical e a maravilhosa parceria entre Richie Sambora e Jon Bon jovi nas guitarras, backing e vocal, sempre passa uma energia muito boa para os fãs durante os shows. Parece mágica. Além disso, essa parceria é necessária, pois o vocalista de vez em quando falha nos agudos.

Jon Bon Jovi é um frontman de primeira e Richie, um guitar hero como poucos e se destacam de longe na banda, sem desmerecer o talento do tecladista Bryan ou do baterista Tico. Quem não se lembra da versão acústica de “Wanted Dead or Alive” exibida pela MTV americana em 1989?

Foi ela, inclusive,que abriu esse gênero de programa do tipo unplugged, tão conhecido e divulgado na TV posteriormente. Sem contar a parceria clássica de Sambora e Jon Bon Jovi em “Wanted Dead or Alive”, “I’ll be There for You” - admirada inclusive por gente que não aprecia o som da banda.

Sem muitos efeitos especiais e priorizando o rock and roll rasgado, a banda continua ao som de “Captain Crash & The Beauty Queens From Mars”, “When We Are Beautiful” e “Runaway” - primeiro sucesso do Bon Jovi cantado, aliás, gritado pelos fãs mais antigos.

Na platéia, fãs de várias gerações. O som estava baixo e a bateria também, o que atrapalhou um pouco a qualidade do show, mas não prejudicou a festa.

Em seguida, o grupo segue com “We got it Going On”, “It’s my life”, “Bad Medicine”, “Pretty Woman”, “Shout” e “Lay Your Hands on Me”, cantada por Richie Sambora. Pára tudo! É difícil falar se ele é melhor guitarrista ou cantor - que voz de blueseiro absurda.

A platéia feminina se desmancha ao som de “Always”, “Blaze of Glory”, a já citada “I’ll be there for You” e “Have a Nice Day”. Jon Bon Jovi sabe que é lindo e gosta de seduzir: ele canta, dança, rebola, faz caras e bocas, conversa e brinca com a platéia.

E a diversão continua com “I’ll sleep when I’m Dead”, “Working Man”, “Who Says You Can’t go Home” e “Keep the Faith”.

O Bon Jovi sai do palco com aquela expectativa para o bis: fãs choravam ao meu lado. Voltam para tocar “These Days”, “Wanted Dead or Alive”, “Someday I’ll be Saturday Night” (essa música horrível deveria ser banida do set list da banda para sempre) e “Living On a Prayer”.

Não adianta. “Living On a Prayer”, “Wanted Dead or Alive” e “I’ll be there for You” são músicas que já fazem parte da história do rock. A banda pode ter executado essas canções muitas vezes, mas a cada nova apresentação, a emoção é a mesma. E isso é rock and roll! Rock and roll puro.

Pausa. Agradecimentos. Sorriso dos membros da banda. Eles gostaram do show. Muitos sorrisos dos membros da banda durante o show. Eles gostaram do show. Três horas de apresentação. Eles gostaram do show.

O público grita, aplaude, ovaciona. O que parecia improvável acontece: um segundo bis com “Bed of Roses” e o evento termina. Esse foi o meu décimo show do Bon Jovi e um dos melhores, com set list perfeito, só faltou “Never Say Goodbye” para fechar com chave de ouro. Fica para a próxima.

Não houve confusão durante o espetáculo e tanto a bebida quanto os salgadinhos vendidos na pista custavam em torno de R$ 5,00. Calamidade, ainda sendo educada, foi o banheiro da pista VIP. Banheiro químico. Banheiro químico na pista Vip. Sem comentários.

Tomara que o Bon Jovi não demore mais 15 anos para voltar ao Brasil.
fonte: rock online

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