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Musica Diablo - Musica Diablo

Desde que o mundo do Rock se consolidou nos anos 60, um fenômeno ocorre muitas e muitas vezes, mostrando o quanto todos temos que evoluir: há certos músicos que acabam sendo estigmatizados por fãs e mídia, muitas vezes de forma extremamente injusta, quando esses têm a ingrata tarefa de substituir um ídolo.

A lista é enorme, valendo a citação de alguns mais ilustres como Blaze Bayley, que apesar de seu excelente trabalho no WOLFSBANE e carreira solo, acabou ficndo estigmatizado por sua passagem pelo IRON MAIDEN, em que pese o fato de que os fãs de Bruce Dickinson nunca ter-lhe dado o valor que ele bem merece; Tim “Ripper” Owens, cuja voz poderosa deu gás ao JUDAS PRIEST, ao ICED EARTH e a YNGWIE MALMSTEEN, em excelentes discos, mas que acabam sendo obscurecidos pelo fanatismo xiita de muitos fãs. E a termos mais nacionalizados, Derrick Green.

Seu trabalho no Sepultura  é ótimo, sua voz é poderosa e possui um timbre bem particular, até mais que Max Cavalera, cujo número de clones é absurdo, mas muitos nunca darão o verdadeiro valor que ele merece. E é uma pena, pois ele, na separação da banda, em 1996, em nada tem culpa.

E a maior prova do valor de Derrick está justamente no projeto MUSICA DIABLO, junto Ricardo Brigas no baixo, André NM (do NITROMINDS, banda de Hardcore) e André Curci (do THREAT, de Thrash/Crossover) nas guitarras, e Edu Nicolini (também do NITROMINDS), neste seu primeiro trabalho, que recebe o nome da banda. E juntando tanta experiência assim, é impossível não sair algo bom.

Uma mistura de Thrash Old School sem ser datado, mais o Hardcore/Crossover americano, o trabalho da banda acaba tendo toda aquela energia agressiva que se espera de bandas cruas e diretas dos estilos citados, sem em momento algum lembrar as outras bandas de seus integrantes.

O CD abre com a ótima ‘Sweet Revenge’, uma violenta tijolada Thrash rápida e pesada, com aquele jeitão Thrash anos 80, sem ser datado, seguida por ‘Sacrifice’, onde Derrick alterna momentos de vocais rasgados e outros mais gruturais e as guitarras castigam sem dó os ouvidos incautos, bem como a bateria causticante não cessa de manter os tempos firmes e as viradas precisas, fora os backing vocals terem aquele cheiro de guetos novaiorquinos. ‘Live to Buy’ é outra pedrada veloz, mas logo cadencia e os refrões lembram bandas como DRI e AGNOSTIC FRONT em suas fases mais Crossover, sem piedade. Mantendo o pique veloz, vem ‘Underlord’, com a cozinha baixo-bateria dando extremo peso tanto em momentos velozes quanto nos mais cadenciados e com certas doses de melodias, onde as guitarras se destacam. Mais cadenciada ao início, à lá Anthrax, vem ‘Work Out’, e ‘Lifeless’ é extremamente bruta, mas com certo ‘groove’ em algumas partes. Quase não dá para respirar, e lá vem ‘In The Name of Greed’, esta com um jeitão bem SACRED REICH de início, ou seja, cadenciada e pesada, sem deixar de ser contagiante e de dar vontade de pogar. ‘Betrayed’ é outra música bem feita e polida para o estilo, ou seja, quem não for iniciado, saia da frente. Ora veloz, ora cadenciada, está entre as melhores do CD.

‘Flame of Anger’ é puro Hardcore, e tenho certeza: nos shows, ela vai levar o público ao pogo sem piedade, assim como ‘Twisted Hate’ e ‘The Rack’, que fecha este álbum de ótima forma, deixando claro que cada membro da banda é capaz de trabalhos incríveis, fora os que já fazem em suas bandas principais. Especialmente Derrick, que em todo CD se destaca com sua voz rouca, aguda e agressiva, no melhor estilo Crossover/Thrash Metal.

Um CD muito bom, que indico sem medo.

Tracklist:
01. Sweet Revenge
02. Sacrifice
03. Live to Buy
04. Underlord
05. Work Out
06. Lifeless
07. In The Name of Greed
08. Betrayed
09. Flame of Anger
10. Twisted Hate
11. The Rack
fonte: whiplash

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