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Os caminhos que a música possibilita por Andreas Kisser

Quando alguém pensa em seguir a carreira profissional de músico, na grande maioria das vezes, é porque que se deslumbra com os grandes shows, os clipes, as capas dos discos dos seus ídolos e sonha em se tornar um rock/pop star, ser conhecido, viajar o mundo, ser capa de revista, ficar milionário e influente. Outros sonham em ser maestro, reger as grandes orquestras do mundo, tocar vários instrumentos e alguns têm a ambição de ser um imortal compositor, como Mozart ou Beethoven. É claro que somente uma pequena minoria consegue trilhar algum caminho de sucesso e mesmo quem consegue, não evita os altos e baixos de qualquer carreria musical – os sobreviventes das loucuras alucinógenas da década de 60 e 70 que o digam.

Enfim, no geral, as pessoas veem a carreria musical como uma carreria de banda, nos palcos, fazendo discos e shows pelo planeta, mas a música possibilita muito mais, um mundo quase infinito de opções em que os conhecimentos musicais são relevantes e valiosos.

Uma opção profissional que parece mais natural é a de professor de música, uma atividade nobre e que pode também ser conciliada com uma carreira de performer. Muitos músicos que têm uma carreira sólida, com discos gravados e shows que demandam longas viagens, conseguem conciliar as duas profissões, dando aulas  particulares, em conservatórios, universidades e dando palestras. O grande mestre do violão, Ulisses Rocha, é um exemplo. Ele tem uma carreira fantástica, com vários projetos e apresentações internacionais e também é um dos principais professores de música da UNICAMP. Ele traz a experiência dos palcos para a sala de aula.

Outra profissão muito comum, também relacionada com a de professor, é a de representante comercial de marcas da tecnologia musical. Esse profissional viaja o país visitando lojas de música, ensinando aos vendedores como mexer com os novos equipamentos, passando este know how aos mais distantes pontos do Brasil. O guitarrista Mello Jr. é o representante dos amplificadores Meteoro e ele faz exatamente este tipo de trabalho, viaja o Brasil fazendo clínicas especializadas sobre os amplificadores. Ele também tem um projeto chamado Time Out, que tem a participação do baixista do Angra, Felipe Andreolli. É um bom exemplo de músico que consegue conciliar a carreira nos palcos com as clínicas nas lojas.


Existe um termo pejorativo que se refere àqueles músicos que tentaram uma carreira numa banda, fizeram discos e shows, mas não conseguiram triunfar nos palcos, eles são chamados de “músicos frustrados”. Como a grande maioria começa a tocar muito cedo, a persistência acontece até uma certa idade, as pressões da sociedade, a procura de um emprego, estudos e outras forças maiores, forçam o músico a abandonar o seu sonho e tentar trabalhar na música de outra forma, não como performer, mas como parte da equipe.

O mais comum é este músico se tornar produtor musical, ou seja, gravar a banda, achar os sons, os timbres, ajudar no arranjo do tema e das letras, ele é como se fosse o “quinto Beatle”, um membro extra que é essencial na feitura de um grande álbum. O produtor Steve Evets (Sepultura, Strife, Earth Crisis, Symphony X e The Cure), é um baixista que não teve sorte nas suas bandas e começou a trabalhar no estúdio, aprendeu as novas tecnologias e tem uma carreira de muito respeito. O mesmo acontece com o grande mago dos estúdios, Andy Wallace (Sepultura, Slayer, Nirvana, Alice in Chains), que também é um baixista frustrado, ainda bem, porque hoje ele é considerado uma verdadeira lenda na história do rock mundial.

Um exemplo muito especial de profissão fora dos palcos e que eu considero uma das mais importantes funções na música é a de pesquisador musical. O trabalho feito por este garimpeiro de clássicos é importantíssimo, isso traz à tona raridades que estão perdidas embaixo da poeira acumulada pelo tempo, esquecidas nas prateleiras de gravadoras falidas ou em coleções particulares de colecionadores, que guardam toda a   memória cultural de uma nação.

Bom, são muitas possibilidades dentro do mundo da música para se exercer uma profissão: crítico musical, jornalista especialisado, a música é também usada na medicina como terapia e cura, você pode se tornar um Luthier, que constrói e reforma os instrumentos e muitas outras opções. Mesmo que você não seguir nada disso que eu citei aqui nesta coluna, acho importante, até fundamental, que se aprenda a tocar um instrumento, mesmo sendo amador, a música é importante, ela age quase como uma terapia, que recarrega as energias depois de uma dia cheio de trabalho e compromissos. Pesquise os variados caminhos que esta arte intríseca no ser humano te proporciona e toque com o coração, é saúde pura.

Abraço, play it loud!

Andreas Kisser
fonte: yahoo

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